Rio Solimões invade ruas e casas em cidade do AM; 45 mil pessoas enfrentam transtornos pela cheia

  • 03/07/2025
(Foto: Reprodução)
Situação em Manacapuru forçou a construção de pontes de madeira para garantir a locomoção nas áreas alagadas. Nesta quinta-feira (3), o rio alcançou a marca de 19,76 metros no município. Cheia mudou a paisagem e rotina em Manacapuru, no Amazonas. O nível do Rio Solimões em Manacapuru, no interior do Amazonas, já está 14 centímetros acima da cota de inundação severa. A água transbordou e invadiu ruas e casas do bairro Correnteza, localizado na parte baixa da cidade, às margens do rio. De acordo com a prefeitura, cerca de 45 mil pessoas foram afetadas pela enchente no município. 📲 Participe do canal do g1 AM no WhatsApp Nesta quinta-feira (3), o rio alcançou a marca de 19,76 metros no município. Apesar dos impactos, a marca é 1,10 metro abaixo da cota histórica em Manacapuru — 20,86 metros, registrada em junho de 2021. A cota de inundação severa no local é de 19,60 metros e foi ultrapassada em 13 de junho. A situação forçou a construção de pontes de madeira e marombas — estruturas improvisadas — para garantir a locomoção nas áreas alagadas. Mesmo assim, em algumas casas, o nível da água já ameaça cobrir essas passagens. A doméstica Naíze Carvalho de Souza está entre os moradores que enfrentam incerteza. Com a água já alcançando o colchão, ela não sabe o que fazer se o rio continuar subindo. "Já está chegando o colchão. Se continuar, não tem pra onde ir", disse. Outra residente, Francisca Farias Reis, vive com filhos e netos na parte superior da casa, já que o térreo está completamente alagado. Além da água contaminada, o contato diário com lixo, ratos e até cobras têm causado doenças entre os moradores. "Todo mundo está adoecendo. É virose, verme, muita diarreia. Com certeza é dessa água suja que pisamos", afirmou. Dona de casa Francisca Reis enfrenta dificuldades para sair de casa devido a cheia do Rio Solimões no Amazonas. José Lima/Rede Amazônica Segundo a Defesa Civil do município, medidas emergenciais foram tomadas: distribuição de madeira para construção de marombas, retirada de famílias das áreas mais afetadas e concessão de aluguel social. "O objetivo é garantir que essas pessoas possam continuar suas rotinas sem ficarem isoladas", explicou Bruno Aguiar, chefe da Defesa Civil de Manacapuru. Enquanto a água não baixa, os moradores do bairro Correnteza seguem aguardando por dias melhores. "Já tive até febre. Acho que é por causa da água. Mas continuo confiando em Deus que vai melhorar", disse Naíze. NA CAPITAL: Inundação severa do Rio Negro alaga ruas do Centro de Manaus e prejudica trabalhadores Cenário no Amazonas A cheia dos rios no estado já afeta mais de 530 mil pessoas, segundo o boletim mais recente da Defesa Civil do Estado, divulgado na quarta-feira (2). Atingidos enfrentam dificuldades para se deslocar, perdas na produção agrícola e alagamentos em residências. Até esta quarta-feira, 40 dos 62 municípios do estado estão em situação de emergência devido ao fenômeno. Veja a lista: Guajará - Rio Juruá; Ipixuna - Rio Juruá; Itamarati - Rio Juruá; Eirunepé - Rio Juruá; Juruá - Rio Juruá; Carauari - Rio Juruá; Boca do Acre - Rio Purus; Borba - Rio Madeira; Nova Olinda do Norte - Rio Madeira; Apuí - Rio Madeira; Humaitá - Rio Madeira; Manicoré - Rio Madeira; Novo Aripuanã - Rio Madeira; Atalaia do Norte - Rio Solimões; Benjamin Constant - Rio Solimões; Santo Antônio do Içá - Rio Solimões; Tonantins - Rio Solimões; Amaturá - Rio Solimões; Fonte Boa - Rio Solimões; Maraã - Rio Solimões; São Paulo de Olivença - Rio Solimões; Japurá - Rio Solimões; Tefé - Rio Solimões; Coari - Rio Solimões; Jutaí - Rio Solimões; Careiro da Várzea - Rio Solimões; Careiro - Rio Solimões; Manaquiri - Rio Solimões; Anamã - Rio Solimões; Careiro - Rio Solimões; Anori - Rio Solimões; Caapiranga - Rio Solimões; Itacoatiara - Rio Negro; Itapiranga - Rio Negro; Boa Vista dos Ramos - Rio Negro; Santa Isabel do Rio Negro - Rio Negro; Manacapuru - Rio Solimões Uarini - Rio Solimões Urucurituba - Rio Amazonas Alvarães - Rio Solimões Além dos municípios em emergência: 18 estão em estado de alerta; e quatro em situação de normalidade. Em Manaus, trabalhadores e frequentadores do Centro estão sentindo os impactos da cheia após o Rio Negro atingir a cota de inundação severa na capital amazonense, no último dia 28. A água já encobre ao menos duas ruas que dão acesso ao Mercado Municipal Adolpho Lisboa, cartão-postal da cidade. Nesta quinta-feira, o rio atingiu a marca de 29,03 metros. De acordo com dados da Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar (Seduc), 444 alunos foram impactados pela cheia dos rios em quatro municípios: Anamã, Itacoatiara, Novo Aripuanã e Uarini. Os alunos seguem com o calendário do “Aula em Casa”, programa de ensino remoto. Segundo o Governo do Amazonas, para auxiliar os afetados pela cheia já foram enviados 580 toneladas em cestas básicas, 2.450 caixas d’água de 500 litros, 57 mil copos de água potável da Cosama, além de 10 kits purificadores do programa Água Boa e uma Estação de Tratamento Móvel (Etam) para dezoito municípios. Também foram destinados 72 kits de medicamentos para os municípios de Apuí, Boca do Acre, Manicoré, Humaitá, Ipixuna, Guajará e Novo Aripuanã, beneficiando mais de 35 mil pessoas. Manicoré recebeu uma nova usina de oxigênio, com capacidade para produzir 30 metros cúbicos por hora, destinada ao hospital municipal. Já Apuí, foi contemplado com seis cilindros de oxigênio para servir como reserva de segurança. Cheia dos rios no AM coloca 40 dos 62 minucípios do estado em situação de emergência

FONTE: https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2025/07/03/rio-solimoes-invade-ruas-e-casas-em-cidade-do-am-45-mil-pessoas-enfrentam-transtornos-pela-cheia.ghtml


#Compartilhe

Aplicativos


Locutor no Ar

Peça Sua Música

No momento todos os nossos apresentadores estão offline, tente novamente mais tarde, obrigado!

Anunciantes