Quem são os policiais presos com mais de 70 kg de ouro no Amazonas
30/10/2025
(Foto: Reprodução) Policiais são presos com mais de 70 kg de ouro no Amazonas; cinco armas são apreendidas
Dois policiais militares e um policial civil foram presos suspeitos de envolvimento no transporte ilegal de 77 barras de ouro. Segundo apurado pela Rede Amazônica, eles foram identificados como Antônio Temilson de Souza Aguiar, de 40 anos, Gilson Luna de Farias, de 37, e Fellipe Pinto Ferreira, de 45.
As barras de ouro encontradas com o grupo totalizaram 72,6 quilos e foram avaliadas em cerca de R$ 45 milhões. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), trata-se da maior apreensão de ouro da história do Amazonas. Além deles, outras três pessoas foram presas e armas, munições e carros foram apreendidos.
Fellipe Pinto Ferreira é investigador da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) desde julho de 2018. Atualmente, está lotado no 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), onde atua como chefe de investigação.
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Em abril deste ano, ele participou das investigações que resultaram na prisão do estudante de educação física, Gabriel Ketzel da Silva, suspeito de atuar como falso médico em Manaus.
Antônio Temilson de Souza Aguiar e Gilson Luna de Farias são cabos da Polícia Militar do Amazonas (PMAM). Ambos foram admitidos na corporação em novembro de 2011, mas não integram o quadro de servidores ativos da PM. Gilson foi afastado por problemas de saúde, enquanto Antônio foi afastado após ser preso por porte ilegal de arma de fogo.
A primeira prisão de Antônio ocorreu em 20 de agosto de 2024. Na ocasião, ele e outro policial militar foram encontrados com duas espingardas calibre 12 após denúncia anônima.
O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Klinger Paiva, informou que a corporação já acionou o delegado-geral da Polícia Civil e que um inquérito policial será instaurado. Segundo ele, a Polícia Federal também vai abrir investigação para apurar a participação de outros possíveis servidores públicos no esquema.
A Corregedoria da SSP-AM também já foi acionada e deve acompanhar o caso. Os policiais envolvidos passarão por processo disciplinar e, segundo o comandante, a instituição não compactua com esse tipo de conduta.
Investigador da Polícia Civil Fellipe Pinto Ferreira
Reprodução/Redes Sociais
O caso
De acordo com o comandante da Rocam, tenente-coronel Renan Carvalho, as prisões e apreensões ocorreram após uma denúncia anônima feita pelo 190, que informava que uma família estava sendo feita refém em uma casa próxima ao 23º Distrito Integrado de Polícia (DIP), no bairro Parque Dez de Novembro, Zona Centro-Sul da capital.
Ainda segundo o comandante:
Havia sete pessoas na casa, sendo os três policiais, dois homens de identidade não divulgada e um casal dono do imóvel onde estava guardado ouro ilegal vindo da Venezuela.
O marido negociava o ouro com dois homens quando os três policiais chegaram ao local. Não se sabe como eles receberam a informação sobre o ouro na casa.
Os agentes renderam os homens e a mulher, os amarraram e planejavam roubar o ouro.
A polícia foi acionada e ao chegar no local foi recebida por dois PMs e um policial civil.
No imóvel, os agentes encontraram quatro pessoas rendidas no chão, perceberam comportamento suspeito e iniciaram averiguação.
Foi constatado que os três agentes estavam extorquindo as vítimas.
Os três policiais e os outros três homens que participavam da negociação foram presos em flagrante. A mulher de um dos suspeitos, dona da residência, também foi levada para a delegacia como testemunha.
Além do ouro, foram apreendidos dois veículos que seriam usados no transporte do material: um carro blindado para proteger a carga e outro com fundo falso, adaptado para circular com o ouro pela capital amazonense, além de cinco armas, munições e coletes balísticos.
O material apreendido foi encaminhado para a sede da superintendência da Polícia Federal no Amazonas.
Dois policiais militares e um policial civil são presos com cerca de 72 kg de ouro no Amazonas
Divulgação/PMAM
