Pedidos de medidas protetivas no AM crescem 33% e passam de 12 mil em 2025, aponta Polícia Civil
22/12/2025
(Foto: Reprodução) Violência contra a mulher
g1
Os pedidos de medidas protetivas em casos de violência doméstica cresceram 33% no Amazonas e passaram de 12 mil em 2025, segundo dados da Polícia Civil do estado. O número é maior que o registrado em 2024, quando foram feitos mais de nove mil pedidos.
Os dados mostram um aumento na procura por proteção legal por parte das vítimas. No mesmo período, a polícia registrou 20,1 mil boletins de ocorrência relacionados à violência doméstica em todo o Amazonas.
Somente em Manaus, foram solicitadas cerca de 9,5 mil medidas protetivas. As Delegacias Especializadas em Crimes Contra a Mulher (Deccm) registraram 13,8 mil boletins de ocorrência na capital. Segundo a Polícia Civil, nem todas as vítimas pedem a medida no momento do registro da ocorrência, o que explica a diferença entre os números.
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"Nem todas as vítimas que registram ocorrência sentem, naquele momento, a necessidade de solicitar a medida. Isso não significa um problema no sistema", afirmou a delegada Patrícia Leão, titular da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher (DECCM) Centro-Sul. Ela explicou que o pedido pode ser feito posteriormente, quando a vítima se sentir preparada.
As medidas protetivas podem determinar, por exemplo, o afastamento do agressor, a proibição de contato e a restrição de aproximação da vítima.
De acordo com a Polícia Civil, o aumento no número de pedidos também coincide com a redução de casos de feminicídio. Em 2025, foram registrados oito casos no estado. Em 2024, o número chegou a 16. Segundo a delegada, das vítimas de 2025, apenas uma tinha medida protetiva, que acabou sendo revogada posteriormente por decisão da própria vítima.
No interior do Amazonas, foram solicitadas 2,8 mil medidas protetivas e registrados 6,2 mil boletins de ocorrência em 2025. Os dados incluem municípios que não contam com delegacias especializadas, mas recebem atendimento das unidades locais da Polícia Civil.
Segundo o Departamento de Polícia do Interior, os registros refletem a procura das vítimas por ajuda formal e o acionamento da rede de proteção nos municípios.
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