MPF cobra decisão urgente da Justiça sobre educação indígena em Manaus

  • 14/10/2025
(Foto: Reprodução)
Criação de universidade indígena é analisada pelo governo O Ministério Público Federal (MPF) pediu que a Justiça Federal se manifeste com urgência sobre uma ação civil pública que cobra a implementação da política municipal de educação escolar indígena em Manaus. A ação foi protocolada em 2 de outubro de 2024 e, após um ano, ainda não teve decisão judicial. Segundo o MPF, nesse período, as irregularidades se agravaram. No documento enviado à Justiça, o MPF afirma que apenas um dos pedidos foi atendido: a nomeação de uma conselheira indígena para o Conselho Municipal de Educação. As demais solicitações seguem sem resposta por parte da Prefeitura de Manaus e da Secretaria Municipal de Educação (Semed). O MPF também defende que a União continue como parte da ação. O órgão argumenta que a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) reconhece o interesse federal no caso e que excluir a União violaria a Constituição, que garante a proteção dos direitos dos povos indígenas. 📲 Participe do canal do g1 AM no WhatsApp Entre o fim de 2024 e o início de 2025, o MPF realizou reuniões com lideranças e professores indígenas, que denunciaram diversas irregularidades cometidas pela Semed. Uma das principais foi a realização de um processo seletivo emergencial no fim de 2024, que substituiu professores indígenas já em atividade. Segundo relatos de uma reunião realizada em 25 de julho, a medida causou desorganização, conflitos internos e a abertura de um novo processo seletivo considerado irregular, sem prazo adequado. O MPF afirma que o correto seria a realização de concurso público. O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) chegou a indicar uma área para a construção da escola indígena principal, mas, até o momento, a Semed não apresentou qualquer posicionamento sobre o assunto. ➡️ Alunos indígenas de sete etnias concluem o ensino médio no AM em cerimônias de formatura Durante a posse da conselheira indígena no Conselho Municipal de Educação, em agosto de 2025, o secretário municipal de Educação se comprometeu a agendar uma reunião com lideranças, professores e o MPF para discutir soluções. No entanto, mais de um mês depois, a Semed não tomou nenhuma iniciativa, nem mesmo para marcar o encontro, apesar das tentativas de contato feitas pela assessoria do MPF ao longo de setembro. O g1 questionou a Secretaria Municipal de Educação para saber por quais motivos os acordos firmados em, 2024 não foram cumpridos. Mas até atualização mais recente desta reportagem, não obteve resposta. LEIA TAMBÉM MPF pede suspensão imediata de projeto de carbono em unidades de conservação no Amazonas Como é a vida no 'Parque das Tribos', maior conglomerado indígena não aldeado do Brasil Irregularidades, segundo o MPF, incluem a falta de consulta prévia e comunicação aos povos indígenas Marcos Vicentti/Secom Indígenas dançam em maloca do Parque das Tribos, em Manaus

FONTE: https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2025/10/14/mpf-cobra-decisao-urgente-da-justica-sobre-educacao-indigena-em-manaus.ghtml


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